Desde que me entendo por gente venho observando que as pessoas costumam valorizar muitos mais os aproveitadores, deixando as pessoas sinceras e comprometidas de lado. O porquê disso eu nunca soube, já pensei, repensei, tentei de todas as formas entender mais não consigo. Só o que me restou foi elaborar uma teoria, a grande maioria dos seres humanos são por assim dizer, masoquistas existenciais, ou seja, sentem necessidade de conviver com pessoas que as usem, que as procurem com segundas intenções, ou que apenas aproveitem-se de sua boa vontade.
Isso começa a acontecer já na infância com os “amiguinhos” que a partir do momento que descobrem sua generosidade, começam a aproveitar-se dela fazendo-lhes ameaças do tipo, ou você faz isso ou não sou mais seu amigo, você por gostar da pessoa acaba fazendo e a partir daí transformou-se em mais um ser manipulável, mais um masoquista existencial.
Conforme vamos amadurecendo, começamos a conseguir identificar esse tipo de pessoa, mais curiosamente não conseguimos nos livras delas, pois elas aparecem em forma de namorados(as), aqueles colegas de classe ou trabalho super legais com a gente, mais que no momento que menos esperamos, aproveitam-se de nossa boa vontade, de nossa consideração, do carinho que temos por eles.
Muitos vivem a vida toda sendo “passados para trás” por esse tipo de pessoa, perdem oportunidades na vida por medo de adquirir inimizades, de se tornarem sozinhos, pois no fundo são pessoas carentes. O que se deveria fazer era premiar as pessoas que realmente se importam, as pessoas que gostam de você pelo que você é, e a admiram pelo que faz, que estão ao seu lado não pelo que você pode fazer por elas e sim pelo prazer de estar em sua companhia. O mesmo deveria acontecer na relação patrão/empregado nas empresas, os patrões deviam dar mais valor aos funcionários que suam a camisa pela empresa, não para aqueles com quem têm mais afinidade. Deveriam lembra-se do ditado “amigos, amigos, negócios a parte”, já que muitas vezes perdem bons profissionais pelo simples fato de prestigiar os maus, ou até pior, podem estar convertendo bons profissionais em profissionais desmotivados, que perderão a motivação e o respeito pelo chefe.
Sabendo disso, deveríamos parar de premiar os aproveitadores e começarmos a valorizar quem realmente merece, indiferente do quão próximo a nós sejam tais pessoas, já os aproveitadores, esses devemos colocá-los em seus lugares, pois só assim faremos com que percebam que só vence quem trabalha, e quem tem personalidade própria para escolher com quem se relaciona, não se deixando influenciar pelos carrapatos da sociedade.
By: Rivaldo Yagi
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