A maioria de nós em sua infância teve um quarto de
brinquedos, ou até mesmo dividiu seu próprio quarto com os mesmos, algo
perfeitamente normal. Contudo algumas pessoas ao crescerem ainda permanecem
presas ao seu quarto de brinquedos, e constrói suas relações da mesma forma que
faziam com seus brinquedos, considerando assim que tudo tem que acontecer da
maneira que a satisfizer e que as coisas devem começar e terminar exatamente no
momento que acharem conveniente.
Tratam as pessoas como se fossem brinquedos, voltando sua
atenção para o novo e deixando os demais de lado. Vez ou outra se apegam a um
determinado brinquedo e não o largam por nada, levam-no para todos os lugares,
tornando-se assim quase inseparáveis, tal qual melhores amigos, até que aparece
um novo brinquedo, mais atrativo e divertido que o anterior, acabando então por
romper o vínculo existente com o outrora brinquedo predileto, que é relegado ao
esquecimento, largado em um canto qualquer, voltando a ser notado somente quando
da inoperância do novo brinquedo preferido, mas assim que o brinquedo novo
volta a funcionar plenamente o brinquedo antigo volta a não fazer mais falta.
Existem também pessoas que mesmo deixando a maioria de seus
brinquedos de lado, não permitem que os mesmo sejam tirados de seus lugares, e
muito menos que outra pessoa brinque com eles, sentem ciúmes, fazem questão de
conclamar que eles o pertencem, e que ninguém deve mexer neles, que eles devem
ficar em seus lugares esperando pela sua boa vontade em procurá-los para
brincar, leve o tempo que levar só o que tem a fazer é esperar e ponto final.
Infelizmente muitas pessoas agem assim, vivem em seu meio
social como se estivessem em seu quarto de brinquedos, considerando assim que
tudo e todos o pertencem, e devem viver em sua função, pois são elas que
decidem à hora em que seus brinquedos serão descartáveis e não mais farão
falta, e enquanto esta hora não chegar, os mesmos devem continuar ocupando seu
espacinho nos seus devidos lugares da prateleira.
By: Rivaldo Yagi
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