quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Soberba

O maior erro de um Homem é achar que é autossuficiente, capaz de resolver todos os seus problemas e angustias sozinho, pôr-se acima do céu e da terra, fazendo dos outros homens apenas ferramentas e/ou objetos de seu bel-prazer, onde a matéria é sinônimo de status de poder, e que além da matéria não existe nada, absolutamente nada, e que tudo se acaba no recanto das rochas, de onde tudo nasce e também se reconstrói.

By: Rivaldo Yagi

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O Mundo é Preto e Branco mais uma vez!


Foi sob a luz de um Lampião que no dia 1º de Setembro de 1910 surgiu humildemente um Clube predestinado a ser Grande, nomeado em homenagem a um clube amador Inglês que excursionava pelo País na época, o Corinthian Casuals, este foi o clube homenageado pelos operários que fundaram o TIME DO POVO, que segundo eles seria feito pelo próprio povo, e a profecia se cumpriu, o SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTAS, cresceu, se tornou o Clube de Futebol mais amado do Brasil, com uma torcida capaz de Invasões impressionantes simplesmente para vê-lo jogar.

A primeira delas aconteceu em 1976, era Semi-final do Campeonato Brasileiro da época, e os Corinthianos invadiram o Rio de Janeiro, dividindo meio a meio o Estádio com a torcida do Fluminense, que foi vencido na disputa de pênaltis sob os olhares de mais de 70 mil alvinegros em pleno Maracanã. O Título daquele ano infelizmente não veio, e o Corinthians amargava o maior jejum de Títulos de sua história, foram mais de 20 anos de espera, anos que inacreditavelmente a Torcida crescia assustadoramente e alcançava o Status de Fiel. Mas um Time da Grandeza do Corinthians não poderia ficar tantos anos sem levantar um Troféu, sem brindar sua torcida com uma conquista, foi então que no ano seguinte 1977, que o Grito de Campeão ecoou e fez explodir a paixão de toda a Nação Corinthiana, com um Gol chorado, feito por Basílio, que naquele exato momento escreveu seu nome na História do Clube e no coração de Milhares de Corinthianos por várias gerações, pois para o Corinthiano não importa qual o campeonato em disputa, mas sim o esforço feito para conquistá-lo.

Após esta conquista o Corinthians nunca mais viveu um jejum tão grande de Títulos, ganhava corriqueiramente Campeonatos e Torneiros Regionais e Inter regionais, e mesmo com sua Torcida em continua expansão, ainda faltava um Título Nacional, e este veio em 1990, com uma equipe brigadora e pouca técnica, tendo apenas como jogador diferenciado o Xodó da Fiel Neto, que juntamente com os seus companheiros deram a Torcida Corinthiana o primeiro de seus Cinco Títulos Nacionais, e a partir deste momento já com sua Torcida consolidada como uma das maiores do País, a segunda naquele período, perdendo apenas para a do Flamengo, entretanto, ostentava a maior Torcida Organizada do País, a Gaviões da Fiel. Agora que o Corinthians já era reconhecido como um Time de Grande expressão em cenário Nacional, faltava-lhe um Título de expressão Internacional, já que possuía diversos Títulos Internacionais de pequena expressão.

Desta forma, surge em 2000 a oportunidade de defender o Brasil no primeiro Mundial de Clubes organizado pela FIFA, como era o atual Campeão Nacional, o Corinthians acabara de conquistar seu terceiro Título Nacional, foi o escolhido para representar o País cede, o próprio Brasil no torneio, e após a primeira fase disputada em casa, como cabeça de chave da sede de São Paulo, classificou-se no saldo de Gols eliminando o Real Madrid do Torneio Continental, o que provocou a segunda Invasão Corinthiana ao Rio de Janeiro, pois lá encontraria na Final o Vasco da Gama, vencedor de seu grupo e que possuía o melhor elenco do Futebol Brasileiro na época, com craques como Romário, Edmundo, Juninho Pernambucano, entre outros. Foi um jogo difícil, os mais de 30 mil Corinthianos que marcaram presença na segunda Invasão Corinthiana ao Rio estavam apreensivos, pois o jogo foi extremamente disputado e equilibrado do começo ao fim culminando assim em empate nos tempos normal e prorrogação, levando assim a decisão para os Penaltis, assim como havia acontecido na primeira Invasão de 1976, e para delírio da Torcida Corinthiana o resultado foi o mesmo, vitória nos Penaltis com a cobrança desperdiçada pelo ídolo cruzmaltino Edmundo, que caiu de joelhos frente à Torcida Corinthiana e o gol defendido pelo goleiro Dida. O Corinthians então se consagrava como 1º Campeão Mundial de Clubes da FIFA, e conquistava seu primeiro torneio Intercontinental de expressão.

Mas ainda existiam duas coisas que deixavam o Corinthiano incomodado, a primeira era ser o único time grande paulista que nunca havia conquistado o título Sulamericano, e também o único que não possuía um Estádio a altura de sua Grandeza, e foram anos de espera, de frustrações e piadas feitas pelos adversários, e também o episódio mais triste de sua História, a queda para segunda divisão do futebol Nacional, era um pesadelo que se tornara realidade, contudo, deste infeliz episódio surgiu mais um novo herói para torcida Alvinegra, e este não entrava em campo, resolvia tudo nos bastidores e foi o primeiro a dar a cara a tapa, este foi Andrés Sanches, que assumira a Presidência do Clube poucos dias antes do Rebaixamento, e que ao Final da partida que selou a queda do Gigante Corinthians fez uma declaração que até hoje ecoa no Mundo do Futebol, ele disse “quem quiser rir do Corinthians, que ria agora, porque não rirão mais!”, e assim se fez, o Corinthians fez a melhor campanha de um time que tentara o acesso a elite do Futebol Nacional, sendo campeão da Série B com antecedência e sendo campeão de audiência mesmo disputando o segundo escalão do futebol Nacional, sendo capaz de fazer com que o maior canal de TV aberta do país deixasse de transmitir um jogo de Libertadores para transmitir um jogo do Corinthians contra um adversário frágil, o Bragantino.

Então no ano da volta à elite do Futebol Nacional o Corinthians surpreende a todos e contrata Ronaldo Fenômeno, o maior artilheiro de todas as Copas jogaria pelo Time do Povo, e mais que isso, auxiliaria na construção de um novo Corinthians, um Corinthians com estrutura invejável, com diretores profissionais e competentes e ainda um departamento de Marketing que pela primeira vez utilizou a Grandeza do Corinthians a seu favor, elevando assim as receitas do Clube, que refletia em campo todos os avanços ocorridos fora dele.

Ronaldo Fenômeno chegou ao Corinthians com um projeto, nomeado por ele de “Projeto Libertadores”, mas infelizmente como jogador Profissional ele falhou, pois em seus últimos meses como Profissional Ronaldo e o Corinthians foram derrubados pela Zebra Colombiana Desportos Tolima, algo que fez com que a torcida ficasse furiosa e pedisse a cabeça do então comandante do time, o técnico TITE, algo que só não aconteceu graças ao presidente do Corinthians naquele episódio, Andrés Sanches, o homem que devolveu o orgulho ao Corinthiano bancava a permanência do Treinador, e pelo visto o fez certo, pois meses depois TITE seria o comandante do Quinto Título Nacional do Corinthians, e que o colocou novamente na competição continental, a Libertadores da América, a mesma que quase lhe fez perder o emprego poucos meses antes.

Vem então o ano de 2012, o Corinthians monta um time extremamente competitivo para a temporada que se iniciava, para mais uma vez tentar conquistar o Troféu que faltava a Galeria Corinthiana, o da Libertadores da América. Já em seu primeiro jogo um susto, o Corinthians estava prestes a iniciar o Torneio com uma derrota fora de casa para o frágil Deportivo Táchira, time que posteriormente o Corinthians golearia em casa por 6x0, mas dessa vez não poderia dar nada errado, 2012 estava fadado a ser o ano do Corinthians, e então nos minutos finais do jogo o volante raçudo Ralf empata o jogo para o Corinthians com uma cabeçada indefensável para o goleiro adversário. No segundo jogo o Corinthians que jogava em casa venceu fácil, depois foi ao México enfrentar o Cruz Azul, e em um jogo disputadíssimo e mesmo com uma grande exibição não saiu do 0x0, entretanto, no jogo de volta no Pacaembu venceu o Cruz Azul pelo placar mínimo 1x0, e posteriormente a isso venceu fácil os outros dois jogos da fase de Grupos, onde foi líder de seu Grupo e segundo na classificação geral do torneio.

Inicia-se então a fase de mata-mata, esta que era o pesadelo dos Corinthianos, mas que foi vencida uma a uma, mesmo envolta em muitas dificuldades. A primeira delas foi a troca do goleiro titular, já que Julio Cesar, o titular até então, fez algumas partidas abaixo da média e ainda falhou e dois dos três gols sofridos pelo Corinthians no Paulistão, competição que disputava paralelamente à Libertadores. Surge então a oportunidade para o até então terceiro goleiro da Equipe, o recém contratado Cássio, que viera do PSV da Holanda e que foi escolhido para substituir Julio Cesar por ser o goleiro mais alto do elenco, já que o próximo adversário do Corinthians na Libertadores era o Emelec, que era conhecido por ter uma jogada aérea muito forte. Cássio entrou bem no jogo, foi seguro em todos os lances e decisivo nas bolas aéreas, conquistando assim a confiança do técnico TITE que o manteve no time para o restante da competição. O time de Parque São Jorge segurou o empate na casa do adversário e venceu fácil em casa o jogo de volta contra o Emelec, credenciando-se assim a ser o adversário do Vasco nas quartas de final do torneio.

O Jogo contra o Vasco em São Januário terminou empatado, sem muitos lances perigosos para ambos os lados, e mais uma vez o Corinthians defenderia em casa a sua classificação, e esta veio do jeito que o Corinthiano gosta, tensão do começo ao fim, onde em uma bobeira de Alessandro o Corinthians quase põe tudo a perder novamente, foram 10 segundos em que a torcida corinthiana nem respirou dentro do Pacaembu, pois Diego Souza, meia do Vasco, pega o rebote de uma tentativa mal sucedida de Alessandro e corre sozinho em direção a meta Corinthiana defendida por Cássio, o único naquele momento que poderia salvar o Corinthians de mais uma eliminação, e Cássio o fez, esperou o chute de Diego Souza e espalmou a bola para fora, fazendo a torcida Corinthiana vibrar como se tivesse saído um gol do Corinthians no Pacaembu, mas mesmo com a defesa de Cássio o jogo estava empatado em 0x0, mesmo placar da partida no Rio de Janeiro, o que levaria o jogo para disputa de pênaltis, e se não bastasse a até então eminente disputa de pênaltis para decidir quem iria para as Semi-finais, o arbitro da partida expulsa o técnico TITE por reclamação, o que faz com que o treinador tome uma decisão inimaginável, foi acompanhar o restante do jogo da arquibancada, no meio da torcida Corinthiana, de onde passava instruções para seu auxiliar e podia ver o jogo mais ou menos como se estivesse na beira do gramado.

Contudo o jogo ainda reservava uma emoção ainda maior para o torcida presente no Pacaembu, nos minutos finais da partida o Corinthians têm um escanteio a seu favor, e na cobrança do mesmo Paulinho sobe sozinho e decreta a classificação Corinthiana, tamanha foi a explosão de alegria de Paulinho que o volante Corinthiano escalou o alambrado e abraçou um torcedor que ali estava pendurado, com esse gol Paulinho colocou o Corinthians de novo em uma semi-final de Libertadores, que seria então disputada contra o Santos, a equipe até então tida como sensação do País, dos craques Neymar e Ganso, que meses depois trocou o time da Baixada pelo São Paulo. Foram dois jogos muito difíceis, mais o Corinthians conseguiu construir uma excelente vitória no estádio adversário, e no jogo de volta no Pacaembu arrancou um empate heróico após terminar o primeiro tempo perdendo para o Santos por 1x0.

O que viria a partir dali era tudo novidade para torcida Corinthiana, já que seria a primeira final de Libertadores que o time iria disputar, e seria contra o Bicho Papão de Libertadores, o temido por muitos, Boca Jrs da Argentina, um time acostumado a este tipo de torneio e que tinha como principal destaque o craque incontestável Riquelme. O Corinthians disputa o primeiro jogo da final na casa do adversário, a não menos temida arena La Bombonera, onde o Corinthians disputou um jogo de igual para igual com o temido Boca, que até saiu na frente no placar, entretanto não contava com a estrela de um garoto recém chegado ao Corinthians e também inscrito na competição ao apagar das luzes, após fazer uma excelente partida contra o Palmeiras, Romarinho entrou em campo e resolveu empatou para o Corinthians com um belo gol, uma cavadinha que encobriu o goleiro adversário, desta forma a partida na Argentina termina em 1x1, e a decisão fica para São Paulo, no Pacaembu lotado, a noite do dia 4 de julho de 2012 entrou para a história do Sport Club Corinthians Paulista, que com dois gols de Emerson Sheik bateu o Boca Jrs e se sagrou Campeão da Libertadores da América pela primeira vez, conquistando assim o direito de disputar novamente o Campeonato Mundial de Clubes.

Com essa conquista o Corinthians resolve um dos incômodos históricos que assombravam sua torcida, o clube agora era o mais novo Campeão da América do Sul, e a conquista ainda veio de maneira invicta, algo que poucos clubes conseguiram na história do torneio, e também está prestes a acabar com a segunda frustração de sua torcida, pois está com seu estádio em construção, e melhor ainda, o mesmo será a sede da cidade de São Paulo na Copa do Mundo de 2014, com isso o corinthiano não têm mais com o que se preocupar, agora era esperar o ano chegar ao fim para disputar o Bi-Campeonato Mundial no Japão, e consagrar assim a grande fase vivida pelo Clube desde seu retorno a Elite do Futebol Nacional.

Chega então a data da viagem para o Oriente, sabia-se que a torcida do Corinthians estaria em peso no Japão, pois a quantidade vistos concedidos pela embaixada Japonesa já evidenciava uma nova invasão Corinthiana, mais dessa vez seria do outro lado do Mundo, o Japão veria algo nunca visto antes na história do futebol, e mais que isso, conheceria a força do Todo Poderoso Timão, mas o que ninguém esperava, nem o mais louco dos Corinthianos, foi o espetáculo que se viu no aeroporto no embarque da equipe para o Mundial, foram mais de 15 mil pessoas para o aeroporto somente para se despedir do Time do Povo, que ainda faria escala em Dubai antes de chegar a Terra do Sol Nascente.

O Mundial já havia começado quando o Corinthians enfim chegou ao Japão, mas ainda deu tempo de alguns jogadores irem acompanhar a partida que decidiria o adversário Corinthiano na Semi-final, e este acabou sendo o Al Ahly do Egito, um time modesto que não ofereceu muita resistência ao Timão, que jogou mal, e mesmo assim venceu a Equipe Egípcia sem maiores problemas. Agora era esperar pelo adversário da Final, que acabou logicamente sendo o Chelsea da Inglaterra, um time forte porém um pouco desentrosado, pois acabara de trocar de treinador e ser eliminado da Champions League, torneio do qual era o atual campeão, e que lhe propiciou o direito de disputar o Mundial de Clubes.

Foi sem dúvidas um jogo difícil, mais o Corinthians jogou de igual para igual com os Ingleses, o goleiro Cássio que de terceira opção de goleiro no início da temporada, terminara como o herói da partida, pegando bolas inacreditáveis e passando segurança para o restante do time que conseguiu na maioria das vezes neutralizar a equipe do Chelsea, e que em um daqueles lances que só acontecem com o Corinthians, marcou com Guerrero o gol do Título, o Mundo novamente ficara Preto e Branco, mais uma vez o Corinthians estava no topo do Mundo, e com um estádio repleto de corinthianos que levaram a atmosfera do Pacaembu para o outro lado do Mundo, e o Mundo enfim se rendeu ao Bando de Loucos, ao Todo Poderoso Timão, e agora todos sabem que em qualquer lugar do mundo, onde existir  pelo menos um Corinthiano, se ouvirá as seguintes frases, “Aqui Corinthians e Vai Corinthians”.

By: Rivaldo Yagi

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Fim do Mundo


Realmente eu espero que o Mundo acabe na data prevista, 21/12/2012, mas não em catástrofes, mortes e sofrimento. Gostaria que este “Fim do Mundo”, levasse consigo todo individualismo, falta de caráter e estereótipos, estas criações humanas que se voltaram contra nós, gostaria também que as pessoas voltassem a ter coragem de ser quem são, que deixassem as aparências de lado, antes mesmo de não precisar mais se preocupar com isso, não por extingui-la naturalmente, mas sim por se tornarem apenas isso, Aparências.

By: Rivaldo Yagi

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

País Rico é País sem Pobreza


Por estes dias, assistindo a um pronunciamento da presidente Dilma, observei que ao fundo existia um grande banner com os dizeres mencionados no título desta postagem, então pensei, a que tipo de Pobreza o mesmo se referia, seria a Pobreza Monetária ou a Pobreza Intelectual?

Infelizmente acabei por descobrir que realmente se tratava da Pobreza Monetária, pois nossos governantes não estão nem um pouco preocupados em suprir as necessidades intelectuais de nosso povo, já que um povo alienado é muito mais fácil de enganar, reprimir e extorquir, sim extorquir, pois não existe outra palavra para descrever a infinidade de impostos que somos obrigados a pagar, e ainda assim não obter retorno.
Estou mais que convencido que a base para uma sociedade igualitária independente da ideologia política está na educação, ou seja, na riqueza intelectual, esta que nossos governantes não nos permitem, apenas mascaram uma realidade deprimente e que se revela ao sabermos que no Ranking mundial de desenvolvimento da Educação estamos à frente somente da Indonésia, um País minúsculo, que caberia dentro de um estado Brasileiro.

Nosso governo hoje se gaba de ser credor do Banco Mundial, de emprestar dinheiro para grandes potências em decadência, enquanto seu povo se sente abandonado, carente de atenção daqueles que outrora pediram seu voto de confiança para mudar a história do País, mas que hoje estão muito mais preocupados em esconder suas falcatruas, e desvios de verba, verbas estas que poderiam ser investidas na construção, manutenção e qualidade das escolas públicas, e também na capacitação e valorização do profissional de educação, que hoje trabalha por amor, pois se desejasse trabalhar por dinheiro não teríamos mais escolas abertas, já que seus vencimentos são um tanto deprimentes e desmotivadores, que não os possibilitam nem investir em capacitação.

Não adianta criar programas de incentivo ao ensino superior, se não cuidarmos primeiro da educação básica, fundamental e Ensino Médio, que tem a incumbência de formar os possíveis candidatos as vagas universitárias. Quem sabe se houvesse formação de qualidade nas instâncias anteriores ao Ensino Superior, não se fizesse necessário o uso de cotas, pois todos teriam possibilidades iguais de conquistar sua vaga na universidade, principalmente as Federias, que deveriam ser ocupadas em sua maioria por estudantes carentes, mas que na realidade são ocupadas por estudantes que têm possibilidade de arcar com os custos de um curso superior privado, que é para onde vão os estudantes de baixa renda que deveriam estar nas instituições federais, gastando quase todo seu salário para obter a formação superior que nos dias de hoje está sendo exigida para se obter um emprego bem remunerado, exceto para os professores, que investem em sua formação, mas não recebem o retorno por este investimento.

O que nos leva a fazer a seguinte pergunta: Será que haveria a necessidade das Instituições educacionais privadas cederem bolsas de estudo ou o governo financiar os estudos de um cidadão, se o mesmo tivesse uma educação pública que o colocasse em condições de disputar em caráter de igualdade uma vaga nas Instituições Federais com outros de condição financeira igual ou superior a sua? E também será que com uma educação pública decente não teríamos melhoras consideráveis em outros setores, como por exemplo, saúde e segurança pública? Eu particularmente creio que sim!

Há quem diga que um País de sucesso é aquele em que existem mais Escolas que prisões, mas para que esta condição exista, será necessária uma mudança de postura de nossos governantes, pois esta mais que provado que qualidade sempre se sobrepõe a quantidade, e que para que a educação atinja seu objetivo, precisamos parar com o pensamento voltado apenas para o “ter escola”, e começar a praticar o “ser escola”.

By: Rivaldo Yagi