Por estes dias, assistindo a um pronunciamento da presidente
Dilma, observei que ao fundo existia um grande banner com os dizeres
mencionados no título desta postagem, então pensei, a que tipo de Pobreza o mesmo
se referia, seria a Pobreza Monetária ou a Pobreza Intelectual?
Infelizmente acabei por descobrir que realmente se tratava
da Pobreza Monetária, pois nossos governantes não estão nem um pouco
preocupados em suprir as necessidades intelectuais de nosso povo, já que um
povo alienado é muito mais fácil de enganar, reprimir e extorquir, sim
extorquir, pois não existe outra palavra para descrever a infinidade de impostos
que somos obrigados a pagar, e ainda assim não obter retorno.
Estou mais que convencido que a base para uma sociedade
igualitária independente da ideologia política está na educação, ou seja, na
riqueza intelectual, esta que nossos governantes não nos permitem, apenas
mascaram uma realidade deprimente e que se revela ao sabermos que no Ranking
mundial de desenvolvimento da Educação estamos à frente somente da Indonésia,
um País minúsculo, que caberia dentro de um estado Brasileiro.
Nosso governo hoje se gaba de ser credor do Banco Mundial,
de emprestar dinheiro para grandes potências em decadência, enquanto seu povo
se sente abandonado, carente de atenção daqueles que outrora pediram seu voto
de confiança para mudar a história do País, mas que hoje estão muito mais
preocupados em esconder suas falcatruas, e desvios de verba, verbas estas que
poderiam ser investidas na construção, manutenção e qualidade das escolas
públicas, e também na capacitação e valorização do profissional de educação,
que hoje trabalha por amor, pois se desejasse trabalhar por dinheiro não teríamos
mais escolas abertas, já que seus vencimentos são um tanto deprimentes e
desmotivadores, que não os possibilitam nem investir em capacitação.
Não adianta criar programas de incentivo ao ensino superior,
se não cuidarmos primeiro da educação básica, fundamental e Ensino Médio, que
tem a incumbência de formar os possíveis candidatos as vagas universitárias.
Quem sabe se houvesse formação de qualidade nas instâncias anteriores ao Ensino
Superior, não se fizesse necessário o uso de cotas, pois todos teriam
possibilidades iguais de conquistar sua vaga na universidade, principalmente as
Federias, que deveriam ser ocupadas em sua maioria por estudantes carentes, mas
que na realidade são ocupadas por estudantes que têm possibilidade de arcar com
os custos de um curso superior privado, que é para onde vão os estudantes de
baixa renda que deveriam estar nas instituições federais, gastando quase todo
seu salário para obter a formação superior que nos dias de hoje está sendo
exigida para se obter um emprego bem remunerado, exceto para os professores,
que investem em sua formação, mas não recebem o retorno por este investimento.
O que nos leva a fazer a seguinte pergunta: Será que haveria
a necessidade das Instituições educacionais privadas cederem bolsas de estudo
ou o governo financiar os estudos de um cidadão, se o mesmo tivesse uma
educação pública que o colocasse em condições de disputar em caráter de
igualdade uma vaga nas Instituições Federais com outros de condição financeira igual
ou superior a sua? E também será que com uma educação pública decente não teríamos
melhoras consideráveis em outros setores, como por exemplo, saúde e segurança
pública? Eu particularmente creio que sim!
Há quem diga que um País de sucesso é aquele em que existem
mais Escolas que prisões, mas para que esta condição exista, será necessária
uma mudança de postura de nossos governantes, pois esta mais que provado que
qualidade sempre se sobrepõe a quantidade, e que para que a educação atinja seu
objetivo, precisamos parar com o pensamento voltado apenas para o “ter escola”,
e começar a praticar o “ser escola”.
By: Rivaldo Yagi
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