terça-feira, 24 de maio de 2011

Justo é cumprir a Lei, ou estou enganado?

Seria cômico se não fosse trágico, nunca este ditado se encaixou tão bem em uma situação quanto na situação atual da educação Brasileira. Não bastasse a falta de condições de trabalho vivenciada pelos Professores Brasileiros, que têm um piso salarial medíocre e que não é respeitado em alguns estados de nosso País, que ainda pagam salários inferiores ao mesmo, caso este explicitado pela Professora Amanda Gurgel do estado do Rio Grande do Norte, e que foi tornado público primeiramente pelo site de relacionamento You Tube e posteriormente em rede Nacional pelo Programa Domingão do Faustão da Rede Globo, onde a Professora reforçou seu clamor por uma preocupação maior com a Educação de nosso povo, que em muito depende dos Professores, mas que se torna cada vez mais difícil diante das condições de trabalho disponibilizadas para os mesmos, que ainda trabalham na área por amor, pois se dependesse da valorização financeira teriam feito como muitos outros, que desistiram desse sonho no meio do caminho.

Muitos por causa dos conselhos de seus Pais, que os orientaram a seguir qualquer outra profissão que não a de lecionar, pois sabem que é uma profissão ingrata em nosso País, no entanto, os mesmos que aconselharam seus filhos a não tornarem-se professores, salvo as devidas exceções, são os primeiros a criticar esta classe tão prejudicada, quando a mesma resolve fazer algo para melhorar sua situação, tratam os professores como vagabundos quando entram em greve, dizem ser um absurdo seus filhos ficarem sem aula, porém esquecem-se que esta é a única maneira de se fazerem notar pelos governantes, e também se faz necessário lembrar que o Professor para chegar ao ponto de parar com suas atividades, agüentou calado uma enormidade de injustiças, e não faz Greve por qualquer motivo.

Lembrem-se dos Bancários, Metalúrgicos, Profissionais da Saúde, que alcançam muito mais notoriedade ao parar com suas atividades, e ainda conquistam muito mais apoio por parte da opinião pública. Lembrem-se que os professores só pedem que a Lei seja cumprida, que o piso salarial que é Lei, seja respeito e posto em prática em todo território Nacional, sem exceções.

Não se trata de um aumento salarial descabido, é um direito adquirido por Lei, nada mais que isso, lembremos que toda profissão regulamentada têm seu piso salarial, o Professor era o único que não tinha, mas agora tem! E deve ser posto em prática, pois todos aprendemos lá na escola inicialmente, com os mesmos professores que estão lutando por seus direitos, que Leis foram criadas para serem cumpridas, então porque nossos governantes não o fazem? O que os torna diferentes de nós, será que esqueceram quem os colocou na posição que ocupam? Parece que a grande maioria sim, esqueceu e só voltará a lembra meses antes da próxima eleição, quando precisaram novamente dos votos do Povo, que é Pai, Professor, Aluno, e que direta ou indiretamente acaba sendo prejudicado por essa situação, pois podem ter certeza senhores, os professores prefeririam estar em suas salas de aula, com seus alunos, do que correndo atrás de um direito já adquirido, mais que não está sendo respeitado por aqueles que nos governam. Cabe a vocês decidirem agora de que lado ficar, de quem só quer ver a Lei cumprida ou de quem reluta em cumpri-la, eu já escolhi o meu lado, escolha o seu!

By: Rivaldo Yagi

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Entre Protagonistas e Coadjuvantes...

Existem pessoas que têm uma incrível necessidade de estar sempre em evidência, fazem qualquer coisa para serem notadas, buscam seus “15 minutos de fama” como se disso dependesse todo o restante de sua vida, querem ser vistos independente da maneira como isso irá acontecer, só o que querem é aparecer. Estas pessoas acreditam piamente que quem faz o sucesso da “trama” é o protagonista, aquele que mais aparece, a figura central da história, contudo e talvez infelizmente (para eles, é claro), não é bem assim que as coisas funcionam. Não que o protagonista não seja importante, ele é, como também é fundamental para todo o decorrer da história, entretanto não tem valor algum sem a participação dos demais personagens.

O que torna o Protagonista importante não é sua posição na “trama”, mas sim a capacidade que tem de interagir com o restante dos personagens e principalmente com o coadjuvante, que é quem lhe dará o suporte necessário, o que vai lhe prover condições de demonstrar todo seu potencial, e a possibilidade de auto-afirmação no decorrer da história. Porém o que vemos nos dias de hoje em muitas das vezes, é o coadjuvante ocupando lugar de Protagonista, ou seja, atingindo na “trama” notoriedade maior do que quem deveria estar em evidência, que ao notar essa inversão de valores ao invés de procurar identificar suas falhas, preocupa-se em tirar de seu caminho o que é inconveniente, no caso seu coadjuvante. E a partir daí deflagra-se a derrocada deste tipo de protagonista, pois seu medo de perder tirou-lhe a única chance de vencer, já que todo seu sucesso vinha da habilidade de seu coadjuvante, aquele que fazia as coisas acontecerem por detrás das cortinas, que criava as situações necessárias para a construção do enredo, que doava-se no intuito de propiciar ao Protagonista o sucesso em seus “atos”, assim demonstrando toda sua humildade e noção da posição que ocupa dentro da “trama” da qual faz parte.

Quando vemos uma história onde o Coadjuvante é mais notado que o Protagonista, logo chegaremos à conclusão de que o protagonista é incompetente, e na maioria das vezes esta é a verdade. Contudo, como em todo segmento existem as exceções, ou seja, os Coadjuvantes que dedicam-se a “derrubar” o Protagonista com o intuito de usurpar seu lugar, pois não suporta a idéia de contribuir para o sucesso alheio e assim utiliza-se da proximidade com o Protagonista para “destroná-lo”, criando situações que joguem tanto o público, quanto a equipe contra o mesmo, culminando assim em sua exclusão da história, e se não for escolhido para assumir a vaga do protagonista que derrubou, agirá da mesma forma com todos que assumirem a posição, pois considera que a posição em questão de ser sua e que ninguém a ocuparia tão bem quanto ele.

Se pararmos para pensar e refletir sobre estas situações, veremos que elas são muito mais presentes em nossa vida do que imaginamos, que nos defrontamos com elas diariamente, tanto em âmbito social, quanto em âmbito profissional, vez ou outra, sempre estaremos na presença dessas figuras citadas, o Protagonista incompetente ou o Coadjuvante mal caráter, e infelizmente pouco temos a fazer, a não ser identificá-los e acompanhá-los de perto, dando-lhes às vezes a corda, com a qual enforcará a si próprio.

By: Rivaldo Yagi

quarta-feira, 11 de maio de 2011

10:38...

Às vezes sinto como se vivesse a segundos de delay do tempo real, conseguindo assim ter idéia do que acabarei de experimentar, não que isso torne as coisas previsíveis, mas me parece mais fácil compreender tudo que existe ao meu redor, cada gesto, cada ação, cada palavra que virá a fazer parte de uma nova frase. É como se o mundo estivesse em um ritmo diferente do meu, culminando em uma mea segurança, onde o que me tranqüiliza é saber que mesmo sem ter idéia do contexto, ainda assim, consigo antever uma resposta plausível para o que estou experimentando, o que também me traz uma sensação de segurança maior, já que como qualquer ser humano tenho restrições ao desconhecido, não ao novo, mas sim ao desconhecido, o que nunca se viu antes, o que apenas surge, sem maiores explicações, surpreendendo à todos, provocando reações diversas no espaço e no tempo...Não me sinto um super herói ou qualquer coisa do tipo, não sou médium, nem bruxo, muito menos sei se outros têm esta mesma sensação, de vez ou outra estar a frente do próprio tempo, não prevendo o que virá a acontecer, contudo preparado de antemão para responder a qualquer estilo externo que venha a me afetar.

Rivaldo Yagi

sábado, 7 de maio de 2011

Ao final ninguém tem culpa

É de nossa natureza buscar culpados para nossas falhas e justificativas para nossos insucessos, atribuir sempre a outrem as causas de nossos próprios erros, e o fazemos na tentativa de enganar a nós mesmos, pois como diz o ditado, “O fracasso é órfão de pai e mãe”, ou seja, ninguém quer para si a responsabilidade do que é ruim ou causador de dor. Talvez isto ocorra pelo motivo de necessitarmos sempre de respostas para todas as questões, ficamos amedrontados frente ao desconhecido, e assim quando não encontramos ou não aceitamos tal resposta em nós, buscamos no que está próximo a justificativa.

Desta forma e se analisarmos a situação, veremos que quando aceitamos nossos erros e não o passamos adiante, temos como consequência a isenção da culpa, pois resolvemos o problema internamente, tiramos da experiência lições que nos servirão de base para que não cometamos novamente o mesmo erro e posteriormente o esquecemos. Algo que não acontece quando passamos esta culpa adiante, já que jogamos a responsabilidade para agentes exteriores e assim deixamos sobre eles a carga do fracasso, isentando-nos então de qualquer que seja o desfecho de tal situação.

E estes fatos nos acometem diariamente e em qualquer âmbito de nossa vida, seja pessoal ou profissional, sempre estamos passando adiante o “lixo” que produzimos, colocando condições defensivas a cada momento, tentando criar uma “desculpa coerente” que em muitas das vezes de tão condensada, acaba por fazer com que nós mesmos acreditemos que é verdade e sigamos adiante como se nada tivesse acontecido, gerando assim uma reação em cadeia, onde todos distribuem suas mazelas de maneira randômica e recebem as alheias da mesma forma, criando assim um circulo vicioso onde cada um é réu e vítima ao mesmo tempo.

Podemos achar que essa situação é inofensiva, mas é aí que nos enganamos, pois é a partir disto que surgem os conflitos, que dão motivos aos extremistas para deflagrarem guerras, que resultam em conseqüências catastróficas para a sociedade ou até mesmo para um único individuo, prova disto são atentados terroristas e os crimes passionais, que são motivados justamente pela necessidade do agressor em atribuir a outros a responsabilidade de um erro que foi seu, e que o mesmo reluta em aceitar.

Se considerarmos todos essas colocações e refletirmos sobre cada ponto expostos, iremos chegar à conclusão de que não existem culpados, pois quem aceita seus próprios erros não se culpa, e quem repassa seu erro a outros se livra deles, sendo que o receptor sabendo que o erro não lhe pertence passa-o a diante junto com os seus próprios, e esta carga vai a aumentando como uma bola de neve ladeira abaixo até encontrar um fim, que como citado anteriormente acaba da maneira que acompanhamos diariamente nos noticiários...

...o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo. (Efeito Borboleta, conceito base da Teoria do caos)

By: Rivaldo Yagi

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Burrocracia

Toda sociedade necessita de leis para manter a ordem, isso é inquestionável, porém há de se dizer que para toda regra deve existir exceção. E isso nada tem a ver com enaltecer o “jeitinho brasileiro”, mas sim oferecer soluções rápidas em ocasiões extremas, e também agilizar processos simples, que se tornam complexos única e exclusivamente por “regrinhas” mal colocadas, que na maioria das vezes nem são tão importantes assim para o andamento da questão.

Imagine quantas pessoas são prejudicadas diariamente no Brasil por problemas burocráticos, coisas que poderiam ser resolvidas rapidamente, apenas com o uso do bom senso, da cordialidade, da solidariedade. Pois se pararmos um só momento para pensar, lembraremos de quantos casos de pessoas que morreram em filas ou mesmo em transito entre hospitais, somente por problemas pífios, como falta de cobertura de plano de saúde ou atraso no pagamento do mesmo, ou no tempo perdido em agências bancárias esperando por um atendimento que não poderá ser realizado por falta de um documento, mesmo você já sendo cliente do estabelecimento a um certo tempo. Coisas estas que poderiam ser resolvidas facilmente, mais talvez por falta de empenho e um pouco de inteligência poderiam ser facilmente resolvidas, pois o que é mais importante, um pedaço de papel ou a vida de uma pessoa no caso do sistema burocrático dos hospitais, a perda de um cliente antigo pelo simples motivo de um documento esquecido, mais que com certeza já faz parte do cadastro anterior do cliente na mesma instituição.

É notório o problema burocrático do Brasil, que cobra tanto de um lado e afrouxa do outro, que cobra tanto de uns e quase nada de outros, que ainda julga por aparência e não por decência. Há de se dizer também que o problema burocrático do País está além das instituições, está impregnado em nosso dia a dia, na maneira como enfrentamos nossos problemas, no conformismo frente a qualquer regra que nos apresentem, sem contestação, sem procura pela verdade da situação, sem a busca pela compreensão da situação do outro, seguindo apenas o que está no Script e nada mais. Precisamos acabar com o engessamento dessas “regrinhas”, criando espécies de normas de conduta, avaliando cada caso individualmente, nada deve ser tão rígido ao ponto de prejudicar uma das partes, tudo pode ser negociado, para tudo existe um consenso, uma forma de resolução que satisfaça ambos os lados e torne a vivencia menos robotizada, esqueçamos a Burocracia, que a cada dia que passa torna-se mais Burrocrática.

By: Rivaldo Yagi