sábado, 26 de janeiro de 2013

Sobre a Virtualidade


Já perdi as contas de quantas vezes ensaiei discursos que nunca fiz, diálogos que nunca tive e fiz planos que nunca coloquei em prática, algumas vezes por medo de perder, ou mesmo de parecer idiota, em outras pela imprevisibilidade da situação, pois a vida não permite ensaios, permite que se faça planos, mas nunca que experimente a situação antes de enfrentá-la, por isso deve ser muito mais fácil viver no mundo virtual, onde se pode desfazer e refazer as coisas sem qualquer tipo de dano, já na vida real não é bem assim, não existe a possibilidade de desfazer, e refazer sempre causa algum tipo de dano, muito disso por não termos a frieza das máquinas, entretanto os que se aproximam dessa frieza são conhecidos como Psicopatas.

By: Rivaldo Yagi

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Entre Preço e Valor


Muita gente ainda hoje confunde o sentido dessas duas palavras, talvez pela onda capitalista que impera mundo a fora, onde o mais importante é ter, independente da necessidade, tem-se que adquirir o supérfluo para fazer-se notado, mas onde está a verdade disso? Porque ainda se vive tão preocupado com a opinião do outro, porque ainda se coloca aparência acima de caráter? São perguntas com inúmeras possibilidades de resposta, entretanto nenhuma delas capaz de explicar tal fenômeno, ou até mesmo qual o intuito de viver em função disso.

Uma possibilidade de resposta que pode pelo menos servir de reflexão é a de que poucas pessoas saibam diferenciar o sentido dessas duas palavras, mas infelizmente não por culpa delas, pois se o fosse, seria muito fácil fazê-las entender a diferença, o grande problema é que essa confusão vem acompanhando a sociedade e ditando regra há décadas, e por assim ser acabou por se popularizar e cair no senso comum, sendo então usadas como sinônimas uma da outra.

Contudo, vamos tentar colocar em evidência a principal diferença entre estas duas palavras e desta forma mostrar como apesar de terem colocado-as em nível de igualdade, estas tem sentido consideravelmente diferentes. Vejamos a palavra Preço, o que podemos dizer sobre ela? Seu significado está diretamente ligado a quantia que se paga por um bem ou serviço, mas que em algumas oportunidades encontra em seu conceito a palavra valor, como se a mesma fizesse parte do significado da palavra Preço, entretanto o sentido de valor contido no conceito de Preço é muito reducionista e direto, tendo como meta resumir este conceito.

Mas se formos observar o significado da palavra Valor, veremos que o mesmo tem mais a ver com os atributos ou até mesmo função de um determinado bem ou serviço, ou seja, está mais ligado a confecção do Preço do que se está adquirindo, levando em consideração a importância do fim para o qual será utilizado.

Desta forma podemos dizer que Preço é algo frio, que tem como única incumbência estabelecer a quantia a ser dispensada para a obtenção de um bem, enquanto Valor está mais envolvido com emoção, onde se busca a satisfação de uma necessidade, independente da quantia ou esforço despendido para conquistá-la. Para simplificar, podemos exemplificar a relação de dois produtos que tenham a mesma finalidade, entretanto um com custo 20% maior que o outro, se for pensar pelo quesito utilidade, e sabendo que os dois farão o mesmo trabalho você irá adquirir o mais barato, pois levará em consideração o Preço, mas se um destes produtos tiver uma marca forte, e uma boa campanha publicitária, você tenderá a pagar mais caro somente pelo Valor da marca, que neste caso é simbólico, assim como você pode comprar o Vídeo Game de última geração para o seu filho e ele não se empolgar muito com o eletroeletrônico, mas ficar infinitamente feliz em ganhar um pacotinho de soldadinhos de plástico, nesse exemplo fica clara a diferença entre Valor e Preço, onde o Preço aqui fica em segundo plano frente ao Valor que a criança dará aos presentes.

By: Rivaldo Yagi

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

3 Anos!


E foi assim tão de repente que tudo aconteceu, não marcamos data, horário, ou mesmo tínhamos noção de como isso poderia acontecer, pensar em nós dois, juntos, vou confessar, sempre foi uma possibilidade pra mim, mas nunca soube como chegar. Até imaginava como poderia ser, fantasiava mil situações, mas na hora “H” perdia a coragem, a voz, o jeito, sei lá, com você parecia ser mais difícil, e talvez seja porque havíamos nos tornado grandes amigos, daqueles que perdiam horas até a madrugada conversando pela Internet, que se encontravam ocasionalmente, mas com uma freqüência no mínimo assustadora, nada era combinado e se fosse talvez não desse tão certo. Eram encontros esporádicos, e sempre muito divertidos, falava-se sobre quase tudo, menos sobre nós, pelo menos não juntos um com o outro, mas era impressionante como tínhamos o dom de nos encontrar, seja onde fosse, nós sempre nos esbarrávamos, e aquilo tornava tudo mais agradável independente de onde acontecia.

E a ânsia de te ter ao meu lado fez com que eu tivesse uma premonição, o cômico sonho, não o sonho em si foi cômico, mas sim a situação na qual ele foi mencionado pela primeira vez, confesso que nunca me senti tão idiota em tentar dar uma explicação para o inexplicável, gostaria de poder ter visto minha cara naquele momento, deve ter sido hilária, assim como a tentativa de lembra de Martin Luther King, realmente nessa eu me superei.

Entretanto, foi no dia 16 de janeiro de 2010, que o mais impressionante aconteceu, Eu e meu melhor amigo resolvemos dar uma volta em Piçarras, haveria um showzinho na praia, e durante o trajeto fomos conversando sobre diversos assuntos e dentre eles se você estaria lá, e estava, mas não apenas isso, você foi a primeira pessoa conhecida que vi, e no mesmo momento seu olhar cruzou com o meu, e eu que nunca acreditei em destino, pela primeira vez duvidei de algo em que acreditava, seria aquilo então obra do destino, e este dizendo que a partir daquele dia ficaríamos juntos e compartilharíamos dos melhores momentos um da vida do outro pelos anos que viessem depois daquele dia, daquele abraço, seguido de um beijo na testa, e descendo até sua boca enquanto só se ouvia o barulho da chuva que caia e mais nada além disso, e você pode até não se lembrar, mas eu lembro como se fosse ontem da primeira frase que você falou após nosso primeiro beijo, fazem hoje três anos meu amor, mas o seu “não acredito” daquele dia ainda me faz sorrir sozinho, e me deixa imensamente feliz de saber que apesar dessa frase você acreditou, não só em mim, mas em nós, e é por isso que hoje comemoramos nosso terceiro ano juntos, anos esses de muitas risadas e acontecimentos impares que dariam um belo enredo de comédia romântica.

Te Amo Minha MAEStra, e pretendo estar ao seu lado por muito mais anos, que sejamos a cada dia mais felizes!

FELIZ TRÊS ANOS!!!

By: Rivaldo Yagi 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Amanhã


“Quando os olhos dela se abriram já se passava das dez horas de uma bela manhã de verão, ela então se sentou na casa e contemplou o lindo dia que se apresentava através das janelas de seu quarto, respirou fundo e sorriu, pois estava diante de mais um imenso milagre da vida, aquele que é conhecido como amanhã, que sucede o hoje, este que vez ou outra lhe trás surpresas desagradáveis, e que apesar dos percalços recarrega suas esperanças no amanhã, mesmo sem saber se este virá, ou até mesmo quantos mais virão.”

By: Rivaldo Yagi

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Redução da Maioridade Penal


Muitos hoje defendem a redução da maioridade penal, mas será que esta atitude surtiria algum efeito? Será que o simples fato de reduzir dois anos da atual legislação visando punir adolescentes como adultos resolveria o problema? E o sistema carcerário Brasileiro, comportaria o número de “novos adultos” condenados?

São várias perguntas a se fazer, e a única certeza é a de que nada mudará, pois não é a idade que faz o bandido, muito menos a prisão o recuperará, o problema está muito além do crime, ou melhor dizendo, muito antes do mesmo ser cometido. É sabido que o sistema prisional de nosso País está falido, não existe a menor condição de se recuperar cidadãos nas condições em que são alojados, como também instituições cuidadoras de menores infratores também não dão conta de seu objetivo, e isto não acontece somente por falta de competência das pessoas que comandam essas instituições, pois a grande maioria se esforça ao máximo para que atinjam o objetivo de devolver estes jovens a sociedade, entretanto acabam assistindo estas instituições se tornarem berços do crime, onde os jovens aprendem a ser ainda mais violentos e cruéis, quando na realidade deveriam receber o direito pleno de reabilitação, e esta passa por um dos direitos fundamentais de todo cidadão e que lhe é garantido por lei, a mesma lei que os encarcerou e os deixou sem perspectivas, e apenas reforça seu sentimento de exclusão, sem se dar conta de que parte do problema é responsabilidade da sociedade e destas leis que mais punem do que orientam, pois se orientassem, não haveriam tantas crianças em situação de pobreza extrema, e que encontram como única perspectiva de se manterem vivas infringir a lei.

Contudo, o mais interessante é que a resposta para todas as perguntas acima e a solução para todos os problemas da violência estão reunidos em uma única palavra, Educação, e só esta servirá como antídoto para a salvação das futuras gerações.

Entretanto, para que a educação possa assumir seu lugar de construtora de homens capazes e cidadãos corretos, esta precisa ser posta em primeiro lugar, mas não demagogicamente, e sim efetivamente, onde a capacitação e a melhor remuneração dos professores deve ser prioridade, como também deve existir um ambiente salutar dentro das instituições, onde todos aprendam a respeitar uns aos outros, desde o corpo docente e seus superiores, aos alunos e profissionais operacionais da instituição.

Deve-se também criar programas de incentivo aos estudos para os adultos com baixa escolaridade e também os analfabetos, para que estes sejam capazes de enxergar um horizonte de sonhos tangíveis, para que possam realizá-los e assim encorajar seus filhos a acreditar que também podem realizar os seus, e desta forma mantendo-os longe das tentações da criminalidade.

Claro que seria utópico demais pensar em um mundo sem criminalidade, mas podemos sim criar um mundo com níveis de criminalidade baixíssimo, possibilitando assim, que existam muito mais escolas que prisões, e que as prisões que ainda existirem, através da educação pudessem realizar a sua real tarefa, que é a de devolver a sociedade o cidadão que por qualquer que seja o motivo tenha desviado do caminho da retidão.

By: Rivaldo Yagi

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Re-Começo


"Não existe nada melhor que os recomeços, sejam eles dos anos, das semanas, dos dias, e até mesmo após grandes e pequenas conquistas, pois o universo é cíclico, e tudo que vai tende a voltar, a velocidade com que acontece, e se acontece, depende do empenho e dedicação de cada um".

By: Rivaldo Yagi