sábado, 26 de março de 2011

11:09

Ainda fecho os olhos buscando não ver...


Tapo os ouvidos para não ouvir...


Calo-me para não ter o digo interpretado...


Mais espere aí, o meu silêncio também pode ser interpretado, pois às vezes diz mais que uma centena de palavras...


Meu silêncio muitas vezes grita, e o faz tão alto que nenhum medidor de decibéis o alcança...


Provoca medo, pavor...


Mais não é só o meu, o silêncio de qualquer um pode ser intimidante...


Ao ponto de fazer com que todos fujam do silêncio...


A não ser que estejam sozinhos...e ainda assim conversa-se com seus pensamentos...


Pois o único silêncio absoluto é a morte, pelo menos é o que dizem...


É o quem dizem...



By: Rivaldo Yagi

É sempre necessário voltar à Caverna

Às vezes se faz necessário resguardar-se, voltar à caverna para hibernar, analisar o que está acontecendo em sua vida e então tomar decisões. Dizem que o tempo é o senhor da razão, deve ser verdade, pois quanto mais tempo se tem para pensar menos se erra. Muitas vezes somos impulsivos, deixamos que o calor do momento tome conta de nós, e assim, na maioria das vezes tomamos decisões precipitadas que acarretam conseqüências maiores do que imaginávamos. E quando isso acontece só o que podemos fazer é pensar, rever conceitos, analisar a necessidade de reconstrução e se necessário iniciá-la.

Tal processo de reconstrução é demorado, já que precisamos repensar muitas situações e então identificar o que deve ser mudado, quando e porque deve ser mudado. Por isso precisamos nos privar, nos isolar dos demais, absorver cada lição presente em cada experiência vivida, cobrar de si mesmo respostas sobre perguntas que deveriam ser feitas a você mesmo, mas que por algum motivo, seja qual for, não foram feitas. Aceitar que errou, como também que erraram com você, perdoar a si e ao próximo, pois errar é humano, e como tal não somos perfeitos. Não que a perfeição seja algo pelo qual lutar, já que esta é uma batalha perdida, saibamos que ser humano é ser imperfeito, e muito mais que isso, é ter a humildade de assumir suas imperfeições, tentando assim limitá-las ao máximo, às vezes até ocultando-as, para que ninguém possa usá-las contra você.

Portanto é necessário sim, vez ou outra voltar à caverna, refletir sobre tudo o que está acontecendo em sua vida, procurar as respostas, e até se necessário refazê-las, já que em muitas oportunidades o que deixa a pergunta sem resposta é a falta de compreensão, pois ninguém responde o que não entende, contudo entende por completo aquilo que respondeu, independente do contexto, de como chegou à resposta, pois na vida não existe verdade única, não se conhece uma lógica, não existem gabaritos, o que funciona para você não necessariamente funcionará para os outros, somos indivíduos, cada qual com sua maneira de enxergar as coisas, percebendo-as de maneira diferente, e é por isso que cada um de nós tem que formular seus próprios questionamentos, suas respostas podem até ser similares à dos outros, mais com certeza sua pergunta foi diferente.

Por mais que você se aconselhe com alguém, quem vai decidir o que fazer é você, não a pessoa com se aconselhou, esta somente lhe oferecerá possíveis soluções, baseadas em experiências vividas por ela, nada mais, e diante disso você é que escolherá o caminho, certo ou errado, só quem saberá a resposta é você, mesmo por que as conseqüências serão suas e de mais ninguém, pois apesar de tudo, a vida é feita de experiências, e cada um terá que ter suas próprias, e através delas aprender que cedo ou tarde você deverá voltar para caverna, pois lá é na realidade o seu porto seguro.

“A experiência é o solo fértil onde plantamos nossas sementes, se germinarão ou não, isso dependerá de como as cultivamos.”

By: Rivaldo Yagi

quarta-feira, 23 de março de 2011

Direito Humanos pra quem?

No dia 10 de Dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU), proclama a instauração de uma Lei Mundial que protege o direito de todo Ser Humano, como idéia original tinha como função defender todo cidadão de atrocidades e repressões cometidas por seus soberanos, onde todos teriam respeitado seu direito de ir e vir. No entanto desde sua criação nota-se que a Declaração Universal dos Direitos Humanos defende em suma pessoas nem mereciam ser qualificadas como seres Humanos, pois não acatam em suas decisões e métodos de governo o que pregam as diretrizes dos Direitos Humanos, haja vista a situação de Países como China, Coréia do Norte, Iraque e outros países de regime ditatorial, em que o soberano ou líder da Nação, como queiram chamar, limita o direito de ir e vir de seu povo, como também de se expressar e adquirir informação, e o descumprimento de qualquer destas regras culmina em punições que em sua maioria são pagas com a própria vida do cidadão.

Aí fica a pergunta, onde estão os direitos destes cidadãos, em que serve os famigerados direitos humanos? Em nada, absolutamente em nada, pois nem mesmo a ONU consegue impedir que tais tiranos continuem utilizando das punições mais perversas contra seu próprio povo.

Claro que alguém pode questionar e dizer que estes países são exceções, que nos demais países a coisa toda é diferente, que estes direitos são preservados e respeitados, dando a tão famigerada igualdade. No entanto esquecem-se que nestes países os cidadãos que se resguardam de tal direito são os que menos merecem, ou seja, os bandidos.

Veja o caso do Brasil, para citarmos algo de nosso cotidiano, quantas vezes você precisou utilizar dos direitos humanos sem ter cometido qualquer atitude ilícita? Creio que nenhuma, pois todos os outros direitos nos são garantidos constitucionalmente. Em nosso País quem faz uso de tais direitos são Bandidos, não só os assassinos e traficantes, temos também os do “Colarinhos Branco”.

Esse tipo de gente que mata, rouba, tortura e reprime não merece o conforto que tem, pois apesar de atentarem contra nossa vida, ainda são sustentados por nós, vivem dos impostos que pagamos, e em muitas vezes até o próprio advogado de defesa é financiado por nós, ou seja, damos “Direitos Humanos” a quem age como animal, já que os seres Humanos de verdade, as pessoas honestas e idôneas, estas não precisão dos tais Direitos Humanos, e sabe por quê? Simplesmente por que cumprem com seus deveres.

By: Rivaldo Yagi

quinta-feira, 17 de março de 2011

Gerentes fantoches

Nos dias de hoje se fala muito em competência, em executar com excelência a sua função, seja ela qual for, que busquem realizar sua função da melhor maneira possível, pois é dela que advém o seu sustento. Concordo plenamente, porém ainda vejo empresas que preferem empregados pouco competentes mais submissos, aos competentes questionadores, e isso acontece por uma única razão, algumas empresas ainda preferem empregados que aceitam qualquer coisa, insultos, humilhações, exploração, sem ao menos tentar se defender, preferindo deixar sua função na empresa em silêncio, talvez por medo de represálias futuras. Enquanto o grupo dos questionadores, ao serem notados pela empresa são descartados para assim evitar que os mesmos influenciem os colegas a exigirem respeito e os direitos que os cabem.

Ainda hoje existem empresas que promovem a cargos de comando pessoas despreparadas, e só o fazem por saberem que estes empregados farão exatamente o que eles ordenam, mesmo não concordando, mas o farão, pois têm consciência que ocupam o cargo em questão não por competência, mais sim por submissão. É o que podemos chamar de Gerente Fantoche, que não tem qualquer poder de decisão, é apenas usado com interlocutor das decisões do patrão, nada mais que isso, mesmo porque não saberia agir sozinho, não conseguiria tomar a frente de nada, pois é um coitado que nasceu para ser empregado, e o será por toda sua vida profissional.

Infelizmente, ainda encontramos os tais gerentes fantoches na maioria das empresas, e estas empresas em sua totalidade estão estagnadas ou próximas da falência, pois no mercado de hoje não existe mais espaço para centralização de poderes, prova disto são as empresas que emergem todos os dias, se você parar para observar, verá que todas trabalham no sistema de delegação de poder, ou seja, identificam um funcionário capaz de assumir um cargo de liderança e lhe dão todas as condições para exercer a função, financiando-lhe cursos de aperfeiçoamento e autonomia em suas ações, como também o direito de montar sua própria equipe, tendo como principal atribuição levar os resultados obtidos aos seus superiores e cuidar para que tais resultados melhorem sequencialmente.

Outro prejuízo adquirido pelas empresas ao continuarem com seus Gerentes Fantoches é o fato de perderem bons funcionários, pois ninguém consegue manter-se motivado tendo como superior uma pessoas menos competente, e desta forma deixa de dedicar-se inteiramente a função, liga o piloto automático e guarda sua pró-atividade para quem a valorize, procurando assim uma nova empresa para trabalhar, e em chegando nesta nova empresa e verificando que ali existe uma liderança verdadeira, retomará sua motivação e trabalhará com todo o entusiasmo que possui, deixando assim que a empresa dos Gerentes Fantoches caia na vala comum das empresas que estão às portas de declarar falência.

By: Rivaldo Yagi

quinta-feira, 10 de março de 2011

E assim inicia o Ano que enfim começa...

Ontem acabou o Carnaval, Beija-Flor Campeã no Rio de Janeiro (E quem não sabia disso?), milhares de acidentes nas estradas, como já é costumeiro em feriadões em nosso País, um saldo de quase 200 vítimas fatais nas estradas e alguns milhares de feridos. Assim inicia oficialmente o ano de 2011 no Brasil, o nosso excelentíssimo País da piada pronta, como já dizia José (Macaco) Simão, colunista da Folha de São Paulo.

Sim, 2011 começa diferente, pois como dizia o bordão de nosso Ex-Presidente, nunca na história desse país tivemos um Presidente Mulher, ou Presidenta, como a própria quer ser chamada. Ano Novo, piada velha, salário minimíssimo para o povão e exorbitante para os Deputados, infelizmente esta piada eu ouço todo ano, e há tempos já perdeu a graça, pois piada velha só torna a ter graça quando o Palhaço é bom, e por coincidência, mais uma dessas coincidências inexplicáveis do nosso País, o único Palhaço legítimo que temos na Câmara dos Deputados, refiro-me ao Tiririca, “semi” analfabeto, fará parte da equipe do Ministério da Educação, gostaria realmente que fosse uma pegadinha, ou pelo menos mais uma piada de mau gosto, mais infelizmente não é. Depois de um Presidente que mal sabia falar nosso idioma, temos um integrante do Ministério da Educação que mal sabe ler!?!? Lamentável, minha indignação só me permite dizer que é lamentável para um País com a potencialidade que têm, ficar a mercê de uma corja de incompetentes, eleitos por uma maioria de anencéfalos que ainda tem a ousadia de dizerem-se Brasileiros.

O pior é que todo ano se fala em melhoria da Educação, mais elegem para a entidade maior deste segmento, pessoas incapacitadas intelectualmente, que sequer leram um livro em toda sua vida, ou o mais próximo disto que chegaram, foram os Almanaques infantis de histórias em quadrinhos. Penso nos Imortais da Academia Brasileira de letras, como devem estar enojados desta barbárie intelectual, que com certeza faz com que entidades como Machado de Assis revirem-se no túmulo de tanto desapontamento com as gerações que viveram sua obra, mais se esqueceram de levá-la adiante.

É aí que me pergunto, qual será o futuro de nossas crianças, se o descaso com a educação deste País vem de cima, de onde deveriam sair soluções é que vêm os problemas, como motivar magistrados que recebem salários pífios, muitas vezes sem condições decentes de trabalho, verdadeiros heróis que tiram leite de pedra, e que têm que engolir a seco a hipocrisia dos comandantes deste país, que ainda querem atingir média de aproveitamento escolar equiparável com Países de primeiro mundo. Como farão isso, sinceramente não sei, pois como diz o ditado, “Como esperar frutos de uma árvore de miolo podre”.


By: Rivaldo Yagi

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mais um entre, os invisíveis sociais!


Às vezes me sinto como o Pequeno príncipe, aquele menino da historinha infantil, a única que li até hoje, antes de fugir de casa, logo depois de ser alfabetizado, devido às atitudes violentas de meus Pais, como o personagem da historinha, tenho a impressão de habitar em outro planeta, longe de tudo e de todos, indo esporadicamente ao encontro dos demais, procurando conhecê-los, trazê-los para perto, mais quando menos espero estou novamente sozinho em meu mundo particular, sofrendo em silêncio, sentado em um canto escuro, não sei explicar o porquê, mais sempre agi assim, escondendo meus fantasmas detrás de um sorriso triste, praticamente sem expressão. Nasci só, luto contra minha solidão, porém constantemente perco, não tenho certeza de quanto tempo agüentarei, minha cabeça dói, meu corpo pesa, minha respiração está ofegante, tenho palpitações crônicas, como todos os outro sei que vou morrer, e isso me parece cada vez mais evidente e próximo, preciso de ajuda, quero ajuda e procuro ajuda, mais todos me viram as costas, não sei se por causa de minha aparência, minha pele e roupas sujas, meus dentes descuidados ou às feridas ocasionadas por viver entre o lixo, dividindo migalhas com ratos e baratas. Quando estou em meu canto escuro sempre me pergunto, o que faço aqui, porque nasci, qual minha função nesse mundo, será que fui amaldiçoado com a obrigatoriedade do sofrimento? Será que um dia enfim verei a tal luz no fim do túnel? Realmente não sei, só me resta esperar, pelo melhor ou pelo pior, minha única certeza é que esperar...Tenho medo de fechar os olhos, pois vivo em local inóspito, cercado de gente ruim, que me usa, me fere corpo e alma, que roubou minha pureza, meus sonhos, minha infância, me tornando um ser que nem mesmo eu seria capaz de definir, sou praticamente nada, ainda não faço parte nem das estatísticas, e quem sabe só farei no dia em que morrer, pois enquanto estou vivo, pareço invisível, e sei que quando morrer serei só mais um pedaço de carne apodrecendo em algum canto da cidade, e só serei notado por causa do forte odor fétido que exalará de meu corpo sem vida, que incomodará a narina das pessoas que nunca me notaram, e que provavelmente em nada sentiram minha falta, pois para eles sou apenas um pequena partícula do resto do mundo.

By: Rivaldo Yagi