terça-feira, 29 de junho de 2010

Brasileiro + Patriotismo = Copa do Mundo ou 7 de Setembro.


Quem nunca ouviu esta frase tão batida que diz que Brasileiro só é patriota em sete de Setembro e Copa do Mundo, Creio que todos não é?! Bem, mais o que poucos em um dado momento podem ter parado para pensar sobre tal assunto, refere-se aos motivos, ou seja, o que fez com que o Brasileiro se tornasse um povo tão despreocupado com seu País.

Bom, eu enumeraria como ponto primordial, a falta de informação, pois desde as séries primárias de nossas escolas, ensina-se mais sobre os costumes de outros países do que os nossos, ouve-se em programas de TV que em suma maioria são comprados de empresas internacionais, o hino Norte Americano, e raramente ouve-se o hino Brasileiro. Como prova disto podemos citar o fato de a maioria da população Brasileira não saber cantar o próprio hino, e os poucos que sabem, muitas vezes não entendem o significado de algumas estrofes do mesmo.

E quem são os culpados por isso? Acertou quem pensou na resposta quem não ensinou, ou se ensinou não deu a ênfase necessária para dar a nosso hino a importância devida. Pois como se quer cobrar comprometimento sobre uma causa da qual se tem pouca noção, recriminar o povo por conhecer pouco de sua própria história, se toda essa informação é passada de forma superficial.

Depois se reclama que o Brasileiro não se importa com o futuro da pátria, o que é um tanto quanto normal, já que ninguém tem obrigação de se importar com o que pouco conhece. Vivemos sob uma montanha de mentiras, e muitas delas nos negamos a aceitar, comemoramos uma independência fictícia, já que continuamos sendo colônia, só que agora de marcas e estereótipos internacionais, escondendo o real problema debaixo das asas da Globalização.

Que outro povo só se orgulha de sua bandeira de quadriênio em quadriênio? Que só se une em uma só voz para gritar gol, que muitas vezes é feito por compatriotas “estrangeiros”, que abandonam o país a primeira oportunidade de viver na Europa, e na maioria das vezes só voltam ao país na condição de turistas. Nada contra o futebol, a paixão nacional, esporte pelo qual nutro imensa paixão, mas sim contra a hipocrisia, a falta de bom senso, a incoerência que assola nosso país a centenas de anos. Vamos educar nossas crianças para amar este País, ensinar-lhes a respeitar nossa Bandeira, como também nosso Hino, que foi considerado um dos mais belos do mundo. Vamos estender nossa Bandeira todos os dias, não apenas a cada quatro anos. Vamos respeitar nossa cultura como respeitamos a dos demais países. Vamos cantar todos os dias nosso hino nas escolas, ensinar nossas crianças a respeitar nossos heróis, para que um dia possamos honrar o canto que diz: “Eu sou Brasileiro, com muito orgulho, com muito amor...” e assim deixarmos de ser patriotas de ocasião para nos tornarmos enfim uma verdadeira nação.


By: Rivaldo Yagi

domingo, 20 de junho de 2010

Televisão

Como já dizia o refrão da música dos Titãs em meados da década de 80, e que ainda reflete muito da realidade brasileira, “a televisão me deixou burro, muito burro demais”. E isso só ocorre porque nos deixamos levar pelo poder da mídia, que nos impõe uma programação repleta de programas de pouco ou até mesmo nenhum conteúdo relevante, que nos faça raciocinar, aprender algo que possa ser usado para nosso crescimento pessoal e talvez até profissional.

Somos bombardeados por programas que só enaltecem o que a de pior na sociedade, as mesquinharias, falta de caráter, desonestidade e muito outras coisas depreciativas. Prova disso são as exceções, aqueles programas que foram criados para medir o nível de conhecimento, mas infelizmente só revelam o nível de ignorância de muitas pessoas em rede nacional. Não que estas pessoas não tenham culpa, pois não procuraram informação, mas também não devem ser subjugadas, já que tais informações também não lhes foram apresentadas. E se foram, não o fizeram de maneira que lhe despertasse interesse, que por conseqüência o faria buscar mais informações sobre o assunto.

Vivemos a mercê da cultura dos desenhos animados violentos e sem sentido, dos programas de variedades fúteis e de baixarias generalizadas. Os programas que realmente fariam a diferença na vida das pessoas passam em canais de pouca audiência, e isso se dá pela pouca divulgação e até mesmo pela baixa condição financeira que têm disponível para autopromoção, como também por serem transmitidos em horários inapropriados, levando em consideração o público alvo, que nesses horários está dormindo ou a caminho do trabalho.

Infelizmente quem quer assistir programas de bom gosto, independente da faixa etária, tem que ter bala na agulha para bancar mensalmente canais por assinatura, que em sua maioria é internacional, mais uma prova de que manter o povo ignorante é tão importante para mídia, quanto para o governo.


By: Rivaldo Yagi

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sugestão do Leitor #1 - Depressão

Para que possamos falar de depressão, primeiramente temos que saber exatamente o que é, ou pode ser considerado um estado depressivo. Muitas pessoas confundem depressão com tristeza, porém a depressão pouco se relaciona com a tristeza, pois todos têm momentos de tristeza e nem por isso se encontram em um quadro depressivo.

A depressão é uma espécie de desvio comportamental, onde o individuo perde a motivação, ou seja, tem dificuldade de encontrar motivos para enfrentar os desafios de sua rotina diária, assim como vontade para se relacionar com outros indivíduos, em especial em momentos de lazer. Outra característica muito comum no individuo depressivo é a incapacidade de associar suas lembranças do passado a momentos felizes, porém isso não acontece por sua própria vontade, mas sim inconscientemente, já que seu cérebro está condicionado a remeter sempre a memórias de momentos tristes.

Existem diversas maneiras de um individuo chegar a um quadro de depressão, e as que mais se destacam são a exclusão social e a desestruturação do grupo familiar, claro que levando em consideração também a maturidade e sensibilidade intelectual do individuo. Dentre os casos de exclusão social, o que mais acaba por se converter em um caso depressivo é o preconceito, seja racial, sexual, social, comportamental e/ou retardo mental (não sou fã desta expressão, porém não encontrei outra forma de me referir a esse grupo de pessoas de uma forma mais amena e compreensível), pois faz com que tais indivíduos se sintam sozinhos e em alguns casos extremamente dependentes. Já no âmbito familiar, que em minha opinião é o mais comum entre todos os motivadores de transtornos depressivos, se encontra a decepção com alguns dos membros do grupo, a falta de incentivo por parte dos mesmos, onde toda ação visando o bem estar comum é recriminada e criticada, fazendo com que o individuo não se considere capaz de ser o que quiser, podendo então chegar a adquirir tal transtorno.

Contudo, como na maioria dos demais transtornos psicológicos, a depressão pode ser curada ou até prevenida, e uma grande forma de prevenção é a conversa com alguém de confiança, uma pessoa que lhe conheça bem e saiba das suas reais capacidades, onde você poderá vir a encontrar encorajamento para seguir em frente, deixando para trás as repressões e desconfianças relativas à suas capacidades. Agora, se o individuo já estiver em estado depressivo, será necessária a intervenção profissional de um psicólogo, que analisará o caso e dará seu parecer em relação à forma de tratamento para o individuo, podendo ser apenas com sessões de psicoterapia ou em casos extremos, com medicamentos, que só poderão ser prescritos por psiquiatras, que também decidiram sobre a necessidade de internação. Mas como descrito anteriormente, ainda se confunde muito tristeza com depressão, claro que existem pessoas com maior tendência depressiva, porém poucas acabam por adquirir realmente o transtorno.

P.S: Espero ter conseguido ser claro sobre meu conhecimento sobre depressão, e também ajudado a sanar as dúvidas da leitora Ana Carolina, que foi quem sugeriu a abordagem do tema, que confesso nunca ter pensado em escrever algo a respeito. Obrigado Ana Carolina pela colaboração, espero que continue acessando sempre que possível o Blog, e se quiser pode sugerir outros temas também!
Ah, desculpe a demora, não havia visto seu comentário anteriormente ;D

By: Rivaldo Yagi

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Prostituição não remete só ao lado sexual

Muitas pessoas quando ouvem falar em prostituição, lembram única e exclusivamente de pessoas que trocam favores sexuais por dinheiro. Contudo, este não é o único tipo de prostituição existente, podemos também considerar prostituição o ato de agir contra sua própria ideologia, ou seja, tomar decisões visando apenas o próprio bem estar, mesmo que para isso tenha que ir contra seus princípios, fazer coisas que não acredita levando em consideração somente os benefícios futuros, não se importando nem mesmo com a possibilidade de causar prejuízos a pessoas que em teoria não deveriam ser afetadas por seus atos.

E se pararmos para pensar, a prostituição não só em âmbito sexual, está impregnada na sociedade desde seu nascimento, e com isso pode-se também dizer que muitos de nós um dia mesmo que inconscientemente já tivemos que nos prostituir, por mais nobre que tenha sido o motivo. Se você dúvida, tente lembrar quantas vezes mentiste para safar um amigo ou mesmo a si próprio de uma encrenca, quantas vezes escolheste deixar seu orgulho de lado para satisfazer teu ego? Muitas não é? Com isso podemos então afirmar que todo individuo para que possa viver em harmonia social, necessite vez ou outra prostituir-se, trair a si próprio para que obtenha êxito em determinados projetos.

Porém, estes exemplos mostram apenas o lado “saudável” da prostituição social, pois existe também o lado podre, asqueroso, que nos indigna diariamente, mas que dificilmente lutamos contra, o que alguns intelectuais chamam de comodismo. Entretanto, seria mais correto chamar de mea-culpa, já que muitos de nós deixamos de agir contra por considerar que se nós mesmos em certo momento “vendemos” nossa idoneidade, por que tais pessoas não podem fazê-lo também?! Em termos poderíamos até usar tal justificativa, mais soaria como demagogia pura, pois abrir mão do orgulho vez em quando se faz necessário, mas abrir mão do caráter não deveria fazer parte de tal contexto. Deveríamos sim, exigir que estas pessoas sujas, que se prostituem da forma mais asquerosa que existe, já que vendem suas almas, e esquecem-se até mesmo de quem são, tamanha a mudança de personalidade que demonstram enquanto buscam alcançar benefícios anteriormente planejados, parassem um único momento para pensar, e assim percebessem quanto mal podem estar causando a seus semelhantes, e então recuperassem sua humanidade. Pois sabemos que em algum momento de nossas vidas, momentos esses que não serão poucos, precisaremos abrir mão de um pouco de nosso orgulho, caracterizando assim a tal da prostituição saudável.Que vendamos somente isso, e que continuemos seguindo nossas vidas com o máximo de retidão, pois para nós seres humanos, se faz impossível ser inteiramente correto.

By: Rivaldo Yagi