terça-feira, 20 de outubro de 2009

Na natureza Selvagem


Quando um rapaz recém formado decide jogar tudo para o alto na tentativa de alcançar a liberdade total, sem leis, sem deveres a não ser os básicos para a sua própria sobrevivência, inicia-se a mais impressionante e inacreditável odisséia. Em sua partida ele abdica de sua identidade, seus bens materiais e segue como um nômade em direção ao Alaska, onde pretende viver algum tempo longe de tudo e de todos, para então conseguir provar de um sabor que muitos de nós nunca provamos e nem teremos o prazer de experimentar, a liberdade plena. Em sua peregrinação encontrou diversos tipos de pessoas, todas com suas peculiaridades e ideologias completamente distintas da dele, então sorveu o máximo possível das habilidades de cada ser com quem se relacionou, pois sabia que necessitaria de seus conhecimentos mais adiante. Consigo levava somente algumas peças de roupa, cobertas e seus livros preferidos, livros de escritores libertários, que pregavam algo que para a sociedade em geral é completamente impossível de se alcançar, mesmo sendo um direito de todo ser vivo, e que mesmo assim, nos dias de hoje é muito pouco respeitado, o direto de ser completamente livre, sem estereótipos, sem falso moralismo, sem máscaras, somente verdade, nada mais que verdade.
Em partes conseguiu realizar seu objetivo, conseguiu mais liberdade do que muitos de nós sequer conseguiremos alcançar um dia, mais não conquistou seu desejo maior, pois apesar de ter jogado tudo para o alto e optado pela busca incessante por si mesmo e por uma liberdade infindável, declinou, e tal derrota o fez perceber que ainda estava preso ao passado, que ainda pensava na família, mesmo sabendo que toda sua vida foi constituída de farsas, amontoados de mentiras como a de todos nós, então se deu conta que apesar de toda luta, toda vontade, toda fuga, ele não conseguiria encontrar seu sonho de liberdade. E quando se preparava para voltar à civilização, e assim poder contar todas as suas experiências e aprendizados, aconteceu algo inesperado, o que ele tanto procurou durante sua peregrinação e não havia encontrado o encontrou, a liberdade o atingiu, o encontrou, só que infelizmente não nessa vida.



Acho eu que se tivesse conseguido voltar, ele diria...”A liberdade plena é uma utopia, por mais que a persigamos nunca a alcançaremos, por mais libertários e de mente aberta que sejamos, sempre estaremos aprisionados a algo, condicionados a agir de tal forma que nossas vontades não invadam o espaço alheio e nem os afete de maneira catastrófica, já que de um jeito ou de outro acabaremos os afetando.”


“A verdade é uma só, se houver realmente liberdade sem precedentes, ela não está nesse mundo!”

By: Rivaldo Yagi

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